A obra "Como os Alcoólicos Anônimos renunciam ao álcool: O Mito de Dioniso, o deus da bebida", do Prof. Dr. Alex Antonio Peña-Alfaro, foi publicada de forma independente. A editora São Savas se dispôs a ajudar na distribuição do livro por meio de nosso site.
Este é livro é fruto da dissertação de mestrado do Arcipreste Alexis Peña-Alfaro, que também é psicólogo clínico. Este trabalho aborda um tema interessante: a história humana do álcool e a mitologia grega, que retrata a fenomenologia da experiência alcoólica.
Você sabia que o alcoolismo até 1935 não era considerado doença pela medicina nem a psiquiatria? Foram os Alcoólicos Anônimos (AA) os primeiros na historia a definir o problema alcoólico como doença. Nesse ano de 1935, dois alcoólicos Bill e Dr. Bob iniciaram esta fraternidade para alcoólicos e se recuperarem da dependência química através de um programa chamado de "12 Passos". O programa é constituído de princípios práticos que ajudam os alcoólicos a evitarem beber o primeiro gole e com isto eles conseguem mater a sobriedade por 24 horas, renovando a cada dia este propósito.
A Associação Médica Americana em 1956 reconheceu o alcoolismo como doença e em 1967 a OMS - Asociação Mundial da Saúde - definiu o alcoolismo como doença.
Você sabia que o método dos 12 Passos do AA se baseia em princípios teológico-religiosos que fundamentam a sua prática diária no enfrentamento da dependência química? Você conhece esses princípios?
"1º Passo: Admitimos que éramos impotentes diante do álcool e que tínhamos perdido o domínio sobre as nossas vidas.
2º Passo: Viemos acreditar que um poder Superior a nos mesmos poderia nos devolver-nos a sanidade.
3º Passo: Decidimos entregar nossas vidas aos cuidados de Deus na forma que o concebíamos."
A mitologia de Dioniso, deus da bebida, nos mostra sua loucura alcoólica e sua onipotência que são um espelho do comportamento doente dos alcoólicos graves; em segundo lugar a aceitação de Deus resulta numa humildade que cura a onipotência e restabelece um principio de realidade da sua condição humana, pois o comportamento alcoólico é uma caricatura de um ser divino onipotente que não aceita a realidade e fica cego diante dos problemas causados pela bebida.
De fato, este tratamento superou os métodos científicos da medicina, da psiquiatria e da psicologia, na medida em que estes não levam em consideração a dimensão religiosa da vida humana.